A Manifestação das Sombras
A Odisseia Celestial
A manifestação das sombras
Seguiste os caminhos, percorreste os labirintos mais
sombrios e a cada dia terrestre ausente, chegaste mais perto das primeiras
estrelas.
As linhas representativas de luz formaste figuras e nas
sombras foi indicada apenas a ir, com o plano do inevitável. As escadas
inferiores, jaz os degraus que deves adentrá-la, terminarás ao longo da serpente
onde toda a cidade reluzente é protegida por três forças. Esses três
níveis foram imediatamente acionados quando desligou a parte motora. O inimaginável
interruptor da vida e da morte, onde por meio dele tudo ainda flui. As
sinapses repletas de energia ainda querem transmitir algo, ainda há energia
inversa e para desligá-la completamente dos fluídos da terra deves seguir os três
fios emaranhados das Nornes. A manifestação das sombras pelas camadas
inferiores.
Nas camadas negativas, o inverso das energias usa o reflexo
das memórias cósmicas. Até tornar-se, parte das primeiras estrelas, deves
seguir o círculo celeste. Para completar o primeiro círculo, deves compreender
cada linha de luz que forma a base manifestada das sombras. Pois, deixando o
corpo, deixou a parte que poderia conduzi-la a ilusão. Agora, jaz és espírito,
e sendo espírito verás como tal. Nada pode fazê-la desistir da sua jornada, que
é encontrar-se. O cordão mitocondrial puxa-a, para levá-la até as
primícias do inconsciente, onde o puro hidrogênio pulsa, onde o sol é negro e
os vapores das estrelas ainda por formarem, sugam de outras as suas forças. Lá,
o verdadeiro ponto norte lhe é indicado. Para cada atributo que por força maior
teve que deixar; a terra, que agora é parte dela. O ar que lhe roubou a vida. O
fogo que lhe lapidará e que a transformará na joia que em vida já possuía e a água
que foi lavrada, como o batismo de todas as almas. O esquecimento serás a parte
intocável dos arquivos cósmicos, mas neles serão moldados, registrados e
cravados no tempo, jamais será doado a outro. Pois, tudo que construíste ainda
está na roda do tempo. Terás, que encontrar dentro do tempo a brecha que
esculpi os mortais. A sombra que carregada pelos ventos opostos tornam-se,
novamente à terra. Porque a eternidade também tem seu tempo e esse tempo é a
luz. Essa luz trabalha por camadas de dois polos e chegará o momento em que
tudo deve retornar.
Como tudo no universo exige um sacrifício, tal forma foi
dado no dia da morte. O sacrifício do sangue, das amarras e do apego.
O perfume é o guia ponteiro que transcende essas camadas, a
energia dos hertz como de um adormecido profundamente.
Encontrarás almas que seguem sozinhas, outras que se
confortam apenas por um milésimo de segundo. A jornada deve continuar para os
dois mundos. E, como parte do inconsciente que nos ligam, as sinapses antes
criada por forma genética e hereditária, pelo cordão umbilical que todos somos
alimentados, ainda assim, somos conectadas. Tais energias se tocam e por essas pontes
e vales de picos elétricos tornam-se as minhas memórias e o seu percurso.
Tens a liberdade pura das aves, do discernimento e dos planos celestiais que lhe carregam. Esses braços são os três ponteiros do tempo e nele tudo é exato.
Como força divina alcançada, dormirás o sono dos justos, mãezinha!
Ainda terás que acordar...