Novidade Filosófica!

Acheron

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Nas Profundezas de Acheron As orlas inferiores   Porque tudo que levo é o meu silêncio e perpetuado entre os ecos de meu próprio herói, ouço bradar acima de mim, as vozes que no além irei deixar como memórias vivas...   Senti preso em meus cabelos, um alfinete que mesclava a dura forma fractal dos gelos, mãos que suavemente me penteavam, mas que ao mesmo tempo, me lavavam, deixando no rosto a palidez que outrora entre as chamas queimou-me. A quietude das orlas inferiores das brumas, o silêncio que me fez jurar para que pudesse ser levada ao submerso rio. As divisões de mundos já haviam sido feitas, o silêncio havia sido pago. Não pude soar com a voz de minhas cordas, mas nos meus olhos ainda havia preço. Eu vi e senti as profundezas tomarem-me, queria gritar com a alma, expressar a loucura das orlas, das camadas que me envolviam, do apreço, das chamas que me devoravam, das águas que se misturavam entre as três temperaturas , todas ao mesmo tempo. Entravam sobre as ...

A Travessia





A Travessia

Os impulsos elétricos

 

Ainda por procurar a passagem, o novo peregrino torna-se então, jogadores do tempo, onde os impulsos elétricos da inconsciência lapidam as memórias existentes levando-os, até à travessia, criando estratégia de lembranças... rumo ao desconhecido, porém, sempre amparados por seus guardiões.

 

E, desde que se formou, das duas metades do espaço tempo, recriando-se em outras partes, deixando memórias e levando consigo outras. Agora, jaz imbuída de apenas memórias, com as mãos vazias, coração oculto, carrega apenas o necessário. Distraída, levada pelo tempo, entre o inconsciente e o nada, redescobrindo as suas próprias fontes onde as imagens sempre aparecem. Sem tato, sem apego, tens agora as memórias das nove fontes sagradas, as que nasceste contigo, as partes que guardam o perfume do tempo e que só ele é o seu eterno guia.

Velando como se fosse uma vestal, segura nos olhos a percepção, nas mãos, que carregam vazias, o som das conchas dos oceanos, e com o guia que maneja a sua carruagem, leva-a para lugares meio tom, com a haste erguida do tempo, sendo levada pela vontade, pelo desejo de se encontrar num lugar que o seu coração oculto reprise.

Os fios que ainda tecem o inconsciente, planejam, jogam com os impulsos que reagem na penumbra, as luzes sempre moldam lugares, imagens que se refazem, criam lembranças, a eletricidade ainda vai e volta, numa intensidade muito além. E, desses circuitos que se assimilam os flashes, as sombras recriam situações. Mantém-se, sempre como o observador, não diz para a mente, mas se situa na imersão pré-moldada.

Então, torna-se a peça de seu próprio jogo, onde o tempo ainda quer recolocá-la, partindo de sombras e imensidades de luz para a viagem que não entende, tornando-se a protagonista de seu sonho guiado.

És a joia do ourives, que ainda por ser lapidada, serás sempre mexida, até que ao deixá-la pronta, serás aninhada a lã ou a seda. Terás o seu peso e medida, o grau que a compôs ao nível de existência e serás colocada no dedo de valor. Na qual se assemelha a Vênus. Mediante, o que se lavrou, a sua sentença serás guardada no arquivo do tempo por proximidade de olfato. Seu perfume serás só teu, a fragrância que por decreto és original para cada alma. A fragrância dos que enfrentaram a vida com justiça, com dever e sinceridade. A fragrância dos que se juntaram aos heróis, dos que lutaram com as suas próprias adversidades, que lutaram consigo mesmo por toda a vida e que ainda há de enfrentar outras camadas para seguir sem apego a jornada de seu herói. Essa fragrância torna-se parte de seu próprio eu. Seu adversário de nascimento, seu aliado e seu companheiro.

Esse, dará a mão para as suas, antes vazia, pelo som das conchas e a levará para o lugar de origem.

 

Contudo, a jornada até a travessia, implicará em uma cidade interior repleta de energia, na qual pelo tempo exato, todas as almas devem seguir...

Lá, os dois guardiões lhe, aconselharão a observar, então mãezinha, olhe sempre para a frente, segues quem por decreto, pode lhe guiar, que jamais estará sozinha. A escuridão é parte de nós como a luz que tudo acende às coisas. Tudo aí está criado, como o inverso da vida, é só observar...seguir a pouca claridade, onde se vislumbra as águas claras e transparentes, por onde seguir, deixarás mais memórias. Para que em outras vidas ou culturas, leve-as consigo como prova de passagem.


A liberdade é a forma mais intensa do emocional...

O início da jornada!



  TEXTO COM ©DIREITOS PRESERVADOS – ORIGINAL: CLAUDIANNE DIAZ

A Travessia - Os impulsos elétricos - O Início da Jornada - Mãe querida!
20/05/1938 à 02/04/2025

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