A Deusa e o Canto da Origem

A DEUSA E O CANTO DA ORIGEM A harmonia pulsa em seu nucléolo onde por meio do som acústico cria as vibrações formando os éolos e deles trazem e levam poeiras, centeias vivas da carne originando o homem. Mediante a criação divina na matéria pura, a deusa continua a melodiar. O gemido crepuscular da voz timbra em tons leves e pesados o serpentear da enorme cobra. Em seu umbigo cita as leis e dela desdobra a linha de ouro do tempo, que por intermédio da força pulsante gira o quinhão. Ela então, jamais parou de cantar e cada melodia decodifica a sua mensagem divina, dando por origem a criação de todas as coisas vivas ou inanimadas. Na teia que dorme lança a linha e nela impregna com o toque da sua unha, na qual infecta de tempo. A forma como doa para o universo torna a ela para que ninguém possa descobri-la. O canto ainda que por todo o tempo vibra e que nela está engendrado a sua forma. Ela o chama de momento , uma passagem livre no vácuo e que naquele espaço ela deixa desen