Novidade Filosófica!
A Deusa e o Canto da Origem
A DEUSA E O CANTO DA ORIGEM
A harmonia pulsa em seu nucléolo onde
por meio do som acústico cria as vibrações formando os éolos e deles trazem e
levam poeiras, centeias vivas da carne originando o homem.
Mediante a criação divina na matéria
pura, a deusa continua a melodiar. O gemido crepuscular da voz timbra em tons
leves e pesados o serpentear da enorme cobra.
Em seu umbigo cita as leis e dela
desdobra a linha de ouro do tempo, que por intermédio da força pulsante gira o
quinhão.
Ela então, jamais parou de cantar e
cada melodia decodifica a sua mensagem divina, dando por origem a criação de
todas as coisas vivas ou inanimadas. Na teia que dorme lança a linha e nela impregna
com o toque da sua unha, na qual infecta de tempo. A forma como doa para o
universo torna a ela para que ninguém possa descobri-la.
O canto ainda que por todo o tempo
vibra e que nela está engendrado a sua forma. Ela o chama de momento,
uma passagem livre no vácuo e que naquele espaço ela deixa desenrolar. Lá,
impregnado pelo andamento silencioso se nutre do cordão que ela
deixa ser embebida, mais tarde, da síntese que se nutriu o envenena.
Ela os ama e ela os ceifa.
De volta ao seio ela continua a
cantar, o som da vida em movimento, oscilatório, vibrante e destemido. Pulsa e
repulsa, leva e traz consigo a força da serpente desfragmentada, para elevar-se
de onde parou. Dali, se ergue novamente em períodos de gestação. As replicações
antes integrada, se desintegra e de volta ao quinhão repousa.
A escuridão da matéria, a cor pura
onde se flui a divindade, o véu de todos os segredos contidos e irrevelados. Lá
se envolve e desenvolve por exatidão, cumplicidade da forma mais sutil de vida
e perfeição. Onde, por meio de todo o mistério das coisas a molécula do próprio
tempo os doam.
Sentem, e por harmonia devolvem o que
sentiram, uma forma fenomenal de som.
Ao desenrolar do primeiro impacto da
arte na melodia o quinhão inicia a vida.
A serpente vibra e nela desenrola o
código. Mensagem que lhe é atribuída por originalidade, exclusiva e que o torna
uno naquele algoritmo.
Pois, essa chave é a mensagem
assoprada da deusa e que no homem o agregou. Ele, o homem possuidor da chave
oculta, na qual antes foi revelado na origem da escuridão da matéria pura, o
levou até ao rio da água energizada da mente criadora que apagou e reascendeu
em seu lugar a chama do éter. Para que o segredo dela fosse mantido.
O sopro do ar, a água no núcleo, a
energia da serpente e a centeia viva deu-lhe a base da mensagem ionizada e
magnetizada dele sendo um ser racional e que por meio da mente criada pudesse
copiá-la. Um método na qual o homem cria, inventa e idealiza. Contudo, a forma
na qual se cria algo, dela já é a matriz.
O canto da deusa originou tudo e
mantém, e sem a sua harmonia celeste nada poderia existir. Pois, a vida é o
canto, a melodia que vibra e pulsa.
Às vezes, no crepúsculo das horas
gemendo por ingratidão aos homens que criara com amor e perfeição, chora. E,
mesmo sentindo as forças imanentes de destruição emana, oscila e continua para concluir
o renascimento e assim, gerar os gases que porvindoura os nutrirão. Dá-lhe
novamente a estrela que ressurgindo do seu núcleo renasça um novo mundo. Como o
miolo da rosa sendo esmiuçado de dentro para fora e novamente, até que conclua
as limalhas de sua esfera.
Porque a deusa nos ama e dela está o
código da vida no universo.
Transmitir amor é a forma que ela
trabalha, e não há outra forma de abrir o invólucro da rosa.
Quando a vibração sossegar, em seu
núcleo e na sua criação da centeia viva que é o homem então, ela desistirá,
deixando a matéria pura tomar forma e engolir a sua teia.
Entregará a chave do tempo e tudo que
terá será um único gemido do caos.
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